A alopecia areata é uma doença que se manifesta mais frequentemente formando áreas lisas (sem cabelo) no couro cabeludo ou em qualquer outra parte do corpo que tenha pelos (barba, sobrancelhas e cílios). Cerca de 2% da população apresentará algum episódio de alopecia areata ao longo da vida. Na maioria das vezes, a doença restringe-se a pequenas áreas e apresenta regressão espontânea entre 6 a 12 meses. Em alguns casos, ela pode progredir para grandes áreas, podendo acometer todo o couro cabeludo (alopecia total) ou mesmo todos os pelos do corpo (alopecia universal).
Na alopecia areata ocorre um ataque imunológico do organismo contra os folículos (raiz do cabelo) que produzem a haste capilar. O motivo exato porque isso ocorre ainda não foi estabelecido. Sabemos que existe uma predisposição genética e acredita-se que o estresse pode funcionar como um gatilho para o surgimento das lesões.
Existem diversos tratamentos disponíveis para a alopecia areata. A escolha dependerá basicamente da extensão do quadro. Para pequenas áreas geralmente utilizam-se corticósteróides aplicados na pele ou mesmo em injeções superficiais. Outros medicamentos como a antralina, difenciprona e minoxidil podem ser utilizados (veja vídeos abaixo).
Para áreas muito extensas e refratárias existe a possibilidade de tratamento por via oral. Diversos medicamentos podem ser utilizados para essa finalidade, dentre eles os corticósteróides, metotrexato, azatioprina e mais recentemente os medicamentos conhecidos como inibidores da JAK (tofacitinib e ruxolitinib). O grande problema é que todos esses medicamentos estão associados a inúmeros efeitos colaterais. Além disso, nenhum deles pode ser considerado como um tratamento definitivo para a areata. Existe uma grande chance de recidiva após o medicamento ser suspenso. Portanto, os possíveis benefícios e potenciais riscos devem ser muito bem discutidos entre médico e paciente.
A alopecia areata é uma condição de perda de cabelo imprevisível e de causa autoimune. Embora tratável, a cura não é garantida e varia de pessoa para pessoa. Os tratamentos incluem esteroides, descrições e injeções, mas os resultados podem variar. Consulte um dermatologista para orientação.
A alopecia areata é uma condição de perda de cabelo autoimune. Novos tratamentos incluem terapias biológicas, como inibidores de JAK, que mostraram promissora eficácia na pesquisa clínica. Estas terapias têm o potencial de revolucionar o tratamento da alopecia areata, proporcionando resultados mais eficazes para muitos pacientes. No entanto, a disponibilidade e eficácia desses tratamentos podem variar, e é importante discutir as opções com um dermatologista atualizado sobre as mais recentes opções de tratamento.
Clínica Paulo Müller
Dermatologia e Transplante Capilar