Alopecia: tipos, sinais e como tratar

Tipos de alopecia e tratamentos

A alopecia é um termo médico que indica áreas com perda de cabelo. Esse termo também pode ser utilizado para referir-se à perda de pelos em outras partes, como barba, sobrancelhas ou até mesmo os pelos do corpo. 

É muito importante deixar claro que o termo alopecia é puramente descritivo e engloba múltiplas doenças e problemas que podem levar à queda de cabelo. 

Portanto, sempre que usamos o termo alopecia é importante especificarmos qual o tipo de alopecia estamos nos referindo. O uso do termo alopecia de maneira genérica passa a falsa impressão que as múltiplas causas de queda de cabelo possam ser tratadas da mesma maneira. 

O primeiro passo para tratamento correto da queda de cabelo é definir o tipo de alopecia que a pessoa apresenta. 

Conheça os principais tipos de alopecia

Didaticamente, as alopecias são divididas em dois grupos: as cicatriciais e as não-cicatriciais. As alopecias cicatriciais levam a um dano irreversível no folículo piloso, por isso elas levam a uma perda capilar permanente. Já as alopecias não-cicatriciais são reversíveis, ou seja, com o tratamento é possível recuperar os cabelos.

Nesse artigo iremos abordar dois tipos de alopecias não-cicatriciais: a alopecia androgenética e e alopecia areata; e um tipo de alopecia cicatricial: a alopecia frontal fibrosante. 

Veja, a seguir, as características sobre cada uma delas.

  1. Alopecia androgenética

A alopecia androgenética é conhecida popularmente como calvície.

Cerca de 70% dos homens vão apresentar algum grau de calvície até atingir os 80 anos de idade e um terço das mulheres adultas apresentam algum grau de calvície. 

Sinais da alopecia androgenética nos homens

Nos homens, os primeiros sinais de calvície costumam manifestar-se na idade adulta, embora em alguns casos seja possível perceber os sinais em idades mais precoces.

Geralmente, a calvície nos homens começa com o surgimento das famosas “entradas”, mas também pode ocorrer perda capilar na região da coroa ou mesmo um afinamento com diminuição difusa do volume dos cabelos na região superior da cabeça. 

Entretanto, é preciso ressaltar que a velocidade e a intensidade da progressão da calvície é muito variável e, em alguns casos, pode ocorrer evolução para calvície plena em poucos anos.

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Também é preciso esclarecer que a evolução para calvície é geneticamente determinada.  

Os homens que têm predisposição genética apresentam os folículos pilosos (raiz do cabelo) sensíveis à ação do hormônio dihidrotestosterona. Progressivamente, o hormônio leva à miniaturização e à atrofia do folículo e o cabelo não é mais produzido. 

Outros fatores como estresse e déficits alimentares podem contribuir para evolução do processo, mas não são determinantes. Além disso, é importante reforçar que o uso de gel de cabelo, boné e capacetes não se relacionam com a evolução da alopecia androgenética masculina.

Sinais da alopecia androgenética nas mulheres

As “entradas”que caracterizam o início da calvície em muitos homens não é comum nas mulheres. Na calvície feminina, é possível observar uma rarefação mais difusa dos cabelos, principalmente na região superior do couro cabeludo.

Muitas vezes, a mulher percebe a rarefação ao dividir o cabelo ao meio, o que deixa a área de divisão mais aparente e o couro cabeludo mais evidente.

Além disso, é possível perceber um menor volume de cabelos ao amarrá-los para trás, notando-se, inclusive, a necessidade de dar mais voltas no elástico para fazer o penteado.

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Geralmente, essa condição se desenvolve de maneira lenta e gradual. Por isso, algumas mulheres só buscam ajuda e orientação médica quando apresentam uma perda muito intensa de cabelo. Quando a mulher consegue observar o couro cabeludo por entre os fios, ela já perdeu, provavelmente, mais da metade do volume de cabelo.

Além destes pontos que mencionei acima, é importante ressaltar que no caso de calvície feminina, a mulher não perde todos os fios de cabelo como é comum na alopecia masculina. Nas mulheres, uma característica marcante é o afinamento dos fios de cabelo.

Por isso, é essencial que você, mulher, fique atenta ao afinamento do cabelo e busque tratamento médico adequado assim que surgirem os primeiros sinais para que este processo não evolua ao longo do tempo.

  1. Alopecia frontal fibrosante

A alopecia frontal fibrosante (AFF) é uma doença de desenvolvimento lento e progressivo que acomete principalmente mulheres após a menopausa. Porém, ela também pode ser observada em mulheres mais jovens ou em homens. 

Normalmente, a AFF atinge o couro cabeludo e as sobrancelhas, mas, além destas duas regiões, a doença pode acometer também os pelos do corpo e os cílios. 

A AFF é um tipo peculiar de queda de cabelo, pois ela atinge áreas específicas do couro cabeludo. A região que mais sofre com a AFF é a linha da frente dos cabelos, mas, diferente da calvície masculina, ela não forma as famosas entradas, visto que atinge toda a área frontal do couro cabeludo, inclusive as costeletas.

Sinais da alopecia frontal fibrosante

Embora os sinais da alopecia fibrosante frontal sejam bastante característicos, tais manifestações podem ser confundidas com as de outros tipos de alopecia.

A queda de cabelos na região próxima à testa associada à perda das sobrancelhas é o sinal mais característico da AFF. 

Além das áreas de alopecia, a AFF pode levar a alterações na pele do rosto, como manchas acastanhadas e pequenas bolinhas da cor da pele, que deixam a pele com aspecto mais áspero.

Tratamentos para alopecia frontal fibrosante.

  1. Alopecia areata

A alopecia areata é uma condição que se caracteriza pelo surgimento de falhas que formam áreas lisas e arredondadas no couro cabeludo. 

Apesar de ser mais comum na região dos cabelos, este problema pode afetar os pelos de outras regiões do corpo, como sobrancelhas, barba, pernas e braços.

A alopecia areata é um tipo de doença autoimune. Ou seja, a própria imunidade do organismo gera um processo inflamatório contra os folículos (raiz do cabelo) que produzem a haste capilar, levando, assim, à queda do pelo. 

Além disso, atualmente, existem dados concretos que mostram uma predisposição genética para o desenvolvimento da alopecia areata e acredita-se que fatores externos, como o estresse e infecções, podem funcionar como gatilho para o surgimento das lesões. Porém, ainda não são conhecidos todos os fatores que levam ao desenvolvimento da doença. 

É comum que as pessoas com alopecia areata relatem que passaram por situações estressantes logo antes do surgimento das falhas, contudo não podemos afirmar que o estresse seja fator causal isolado da alopecia areata.

Sinais da alopecia areata

Geralmente, a pessoa com alopecia areata apenas percebe a presença de uma ou algumas áreas lisas (sem cabelo) no couro cabeludo ou em outra parte do corpo. Essa costuma ser a única manifestação da doença. 

Outros sintomas como dor, ardência ou coceira não são habituais.

Alopecia areata tem cura?

Qual médico você deve procurar tratar alopecia?

A dermatologia é a especialidade médica responsável por cuidar da prevenção, diagnóstico e tratamento dos problemas da pele, das unhas e dos cabelos. Poucas pessoas sabem que dentro da dermatologia existe a possibilidade de se aprofundar em determinadas áreas.

Uma dessas áreas é a Tricologia, que se dedica ao estudo das doenças que atingem os cabelos. 

Assim, para tratar problemas relacionados à queda capilar, o ideal é que você opte pelo médico dermatologista que se dedica ao estudo da tricologia, visto que este profissional pode ter uma visão mais aprofundada para tratar problemas que atingem os cabelos e o couro cabeludo.

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Dr. Paulo Müller Ramos

Dr. Paulo Müller Ramos

Dermatologista | CRM/PR: 21646 | RQE: 182

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