A queda de cabelo é sempre um sinal de alerta!
Muitas mulheres associam a queda de cabelo à uma condição natural do organismo e, de fato, é normal perceber a perda de alguns fios diariamente. Isso ocorre devido ao ciclo normal de produção dos cabelos.
É normal cair quantos fios de cabelo por dia?
Entretanto, quando a perda dos fios se torna excessiva, ela pode ser sinal de um processo de calvície em evolução, de outras doenças dos cabelos como a alopecia areata e mesmo de doenças internas ou alterações hormonais.
Na mulher esse problema é particularmente importante pois os cabelos costumam apresentar grande importância na autoestima e identidade social. Além disso, independente da causa, quanto mais precoce o tratamento, maior as chances de sucesso.
Se você está preocupada com a sua queda de cabelo, continue lendo esse artigo para entender as causas da queda de cabelo na mulher e como reconhecer os sinais de calvície feminina.
Vamos lá?!
Quando a queda de cabelo na mulher é preocupante?
Muitas de vocês já devem ter lido ou ouvido falar que perder até 100 fios de cabelo por dia é normal. Porém, existe uma grande variação desse número entre as mulheres. Algumas podem perder mais do que isso diariamente durante anos e não apresentar nenhum problema, enquanto que outras podem apresentar uma queda menos intensa e mesmo assim evoluir gradativamente com processo de calvície.
Então, como eu posso saber se a minha queda é normal?
Ninguém conhece melhor o seu cabelo do que você mesma! Se você percebeu aumento intenso da intensidade da queda ou mesmo um aumento mais leve que permanece por período maior que 30 dias, você deve ser avaliada em consulta. Outros sinais de alerta são: diminuição do volume, áreas de rarefação, áreas lisas ou inflamadas no couro cabeludo.
Fatores associados à queda de cabelo na mulher
A queda de cabelo aumentada na mulher frequentemente ocorre por uma alteração no ciclo de crescimento do cabelo conhecido como eflúvio telógeno.
Sempre que uma paciente apresenta quadro de eflúvio telógeno é fundamental que sejam investigados possíveis gatilhos que desencadeiam o problema.
Situações comuns que levam ao eflúvio telógeno: período pós-parto, cirurgias (especialmente a bariatrica), dietas restritivas com emagrecimento rápido e infecções agudas (ex: COVID-19 e dengue). Nestes casos, geralmente ocorre o que chamamos de eflúvio telógeno agudo com queda acentuada e transitória.
Entretanto, quando a queda permanece por períodos superiores a seis meses, ocorre o que chamamos de eflúvio telógeno crônico.
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Além dos fatores mencionados acima, é importante estarmos atentos a diversas situações que podem estar associadas a queda como:
- Alterações hormonais;
- Distúrbios de tireoide;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- Lúpus ou outras doenças autoimunes;
- Uso de determinados medicamentos;
- Alterações nutricionais;
- Estresse;
- Sífilis
- Tratamentos químicos que podem levar a quebra da haste do cabelo
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Ainda é importante destacar que a queda de cabelo na mulher também pode estar associada à calvície feminina. Assunto que vamos tratar no tópico a seguir.
Tudo o que você precisa saber sobre a calvície feminina
A calvície, além de afetar os homens, também pode afetar as mulheres. Cerca de 30% das mulheres adultas apresentam algum grau de calvície.
A calvície na mulher, também conhecida como alopecia androgenética feminina ou alopecia de padrão feminino, apresenta algumas particularidades em relação à calvície masculina.
Os principais sinais de calvície feminina
Quando pensamos em calvície nos homens, um dos primeiros sinais que caracterizam esta condição é o surgimento das famosas “entradas”. Contudo, no caso da calvície feminina, é possível observar uma rarefação mais difusa dos cabelos, principalmente na região superior do couro cabeludo.
Muitas vezes, a mulher percebe a rarefação ao dividir o cabelo ao meio, o que deixa a área de divisão mais aparente e o couro cabeludo mais evidente.
Além disso, é possível perceber um menor volume de cabelos ao amarrá-los para trás, notando-se, inclusive, a necessidade de dar mais voltas no elástico para fazer o penteado.
Muitas vezes, essa condição se desenvolve de maneira lenta e gradual. Por isso, algumas mulheres só buscam ajuda e orientação médica quando apresentam uma perda muito intensa de cabelo. Para você ter noção, quando a mulher consegue observar o couro cabeludo por entre os fios, ela já perdeu, provavelmente, mais da metade do volume de cabelo.
Além destes pontos que mencionei acima, é importante ressaltar que no caso de calvície feminina, a mulher não perde todos os fios de cabelo como é comum na alopecia masculina. Nas mulheres, uma característica marcante é o afinamento dos fios de cabelo.
Por isso, é essencial que você, mulher, fique atenta ao afinamento do cabelo e busque tratamento médico adequado assim que surgirem os primeiros sinais para que este processo não evolua ao longo do tempo.
As opções de tratamento para a calvície feminina
O tratamento mais utilizado na calvície feminina é a aplicação de minoxidil no couro cabeludo.
O medicamento pode ser produzido em líquido ou espuma e deve ser utilizado diariamente. Além disso, o minoxidil também pode ser utilizado por via oral em baixas doses (para mulheres, a dose inicial varia de 0,25 a 1 mg ao dia).
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Minoxidil oral: 6 dúvidas frequentes sobre o tratamento.
A opção pelo minoxidil oral pode ser benéfica especialmente para aquelas pacientes que se incomodam com a sensação de cabelo sujo, oleoso ou ressecado que pode ocorrer com a aplicação do minoxidil tópico.
Também há estudos com outros medicamentos que podem ser utilizados de maneira associdada como a espironolactona, a finasterida, a dutasterida e bicalutamida. Porém, assim como o minoxidil por via oral, esses remédios não tem indicação de bula para tratamento da calvície feminina e só devem ser utilizados sob acompanhamento médico.
Outra opção de tratamento para calvície feminina é a realização de transplante capilar.
Sobre o transplante capilar em mulheres, é importante que você saiba que a técnica é a mesma utilizada nos homens. Assim, as unidades foliculares (estruturas que contêm as raízes dos cabelos) são retiradas da área doadora (geralmente região da nuca e lateral do couro cabeludo) e posteriormente são posicionadas na região que precisa ser tratada.
No entanto, na calvície feminina muitas ocorre um afinamento dos fios da região doadora, o que pode comprometer o resultado do transplante. Por isso, uma avaliação detalhada da área doadora é fundamental para uma programação cirúrgica adequada.
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